Com mais de 20 oficinas e palestras gratuitas, 'Motins' reúne artistas e pesquisadores culturais da Pan-Amazônia em Belém

  • 22/01/2025
(Foto: Reprodução)
Programação ocupa o Parque da Residência, em Belém, nos dias 30 e 31 de janeiro, e 1 de fevereiro. As inscrições gratuitas abrem nesta quarta-feira, 22. Dona Onete, Mestre Damasceno e Pinduca: medalhões da cultura popular do Pará integram as mesas de debate Divulgação Artistas, produtores e especialistas do mercado cultural de toda a Pan-Amazônia ocupam o Parque da Residência, em Belém, nos dias 30 e 31 de janeiro, e 1 de fevereiro, no “Motins: Encontro Pan-Amazônico de Música e Cultura Periférica”. O circuito de formação, que integra do Festival Psica Dourado, promove mais de 20 painéis, oficinas e palestras, que têm como convidados nomes como Dona Onete, Mestre Damasceno, Fafá de Belém e Félix Robatto. As inscrições gratuitas abrem nesta quarta-feira (22). A maratona terá mais de 20 horas de duração por dia, de 8h às 4h. Serão três dias gratuitos de programação. Durante a manhã e tarde, além de oficinas, painéis, palestras e rodada de negócios, o público poderá curtir a feira gastronômica, mostra de cinema e artes visuais. À noite, o Aposta Psica entra em cena no Bar da Residência, trazendo pocket shows de novos talentos selecionados em uma convocatória inédita que abriu espaço a todos os nove países da América Latina que compõem a nossa região ancestral. “Mais do que um evento cultural, o Motins é um evento de formação de profissionais para trabalharem com cultura e arte na Amazônia. Mas não é só uma formação técnica. É uma formação intelectual. É uma ferramenta de transformação social que busca conectar artistas do bioma amazônico, fomentar a economia criativa e fortalecer redes culturais. É sobre resistência, pertencimento e visibilidade, promovendo um futuro em que as vozes da Amazônia tenham o espaço e o respeito que merecem”, destaca Jeft Dias, diretor do Psica ao lado de Gerson Júnior. O Festival Psica Dourado tem patrocínio máster da Petrobras, do Nubank e patrocínio do Mercado Livre através da Lei de Incentivo à Cultura Rouanet e Ministério da Cultura. O apoio institucional é da Secretaria de Estado de Cultura e Governo do Pará. A realização é da Psica Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução. Ícones do Norte do Brasil se encontram na palestra "O que aprendemos com o encontro de gigantes da cultura popular?" Alexandra Tavares Painéis, oficinas e palestras Numa profunda conexão entre a Amazônia brasileira e a Amazônia que se espraia por outros países da América Latina, a programação reúne convidados de Manaus (AM), Parintins (AM), São Luís (MA), Santarém (PA), Capanema (PA), Ourém (PA), Belém (PA), Panamá, Peru e Colômbia em debates sobre a identidade cultural pan-amazônica, desde a espiritualidade e ritualística dos povos ancestrais, passando pelos desafios do mercado da música na região, às vozes dos povos originários diante da crise climática. “A gente se inspira no ciclo migratório do peixe dourada para compreender como Belém é um ponto de convergência muito importante dos rios pan-amazônicos, e isso se reflete na nossa cultura. Enquanto o resto do Brasil não ouve música latina, em Belém a gente consome muito por conta desse intercâmbio forte que a gente tem pelos nossos rios. Então essa programação foi pensada para dar esse pertencimento ao território pan-amazônico”, diz Zek Nascimento, curador do Motins. Lucho Pacora, jornalista e pesquisador cultural peruano; e Edwin Pitre, artista e pesquisador de cultura latina, do Panamá Divulgação O Motins promove 24 atividades, formativas gratuitas entre oficinas, paineis e palestras. Nos destaques do dia 30, a programação traz o painel “Como a produção musical amazônica pode chegar mais forte no mundo”, com a participação de Fafá de Belém, Félix Robatto e Felipe Vassão, produtor musical, músico e compositor com mais de 30 anos de atuação. Vencedor de dois Grammy Latino, Vassão também ministra a oficina "O processo criativo na produção musical". Ícones do Norte do Brasil se encontram na palestra "O que aprendemos com o encontro de gigantes da cultura popular?", que reúne Ericky Nakanome, do Boi Caprichoso; Susan Monteverde, do Garantido; e Jr Soares, do Arraial do Pavulagem. A importância central dos ritmos caribenhos para a identidade latina de Belém e sua conexão pan-amazônica protagonizam a palestra "Conexão Cumbia Pan-amazônica", com o jornalista, produtor cultural e DJ Lucho Pacora, do Peru. Pesquisador da música latina, Pacora é coeditor do livro “Sabor Peruano: travesías musicales”, que aborda o desenvolvimento dos últimos cem anos da música peruana, e em 2022 e 2023 dirigiu o projeto “¡Güepajé! Encontro das cumbias do Peru”, no Centro Cultural da Espanha. No dia 31, a palestra "O Caribe estendido e as sonoridades da beira do rio" traz Edwin Pitre-Vásques, do Panamá. Professor, músico, pesquisador e produtor, é especialista em Música Latino-Americana, e já atuou em projetos musicais de Cuba, Venezuela e Brasil.O encontro conta com a participação de Pinduca, Bruno Benitez e Iva Roth. Para reverenciar a cosmologia sincrética que forja a região colossal, o painel "A espiritualidade da cultura Pan-amazônica" reúne o frei católico João Messias, o pai de santo Amilton, e o pajé Paulinho Borari. Já no dia 1 de fevereiro, a programação traz como destaques o painel "Sabedoria popular e encantaria de cuidados: a música como cura ancestral", com Dona Onete, Mestre Damasceno, Mam'eto Nangetu, Edson Catende e Lourival Igarapé. Já o painel "Kuximawara: o som dos nossos ancestrais" aborda a musicalidade indígena no que conhecemos hoje como Amazônia. Participam do debate Rawa Munoz, artista indígena da Amazônia peruana; o pesquisador Agenor Vasconcelos, de Manaus; Ian Wapichana, músico multi-instrumentista, escritor e poeta indígena de Roraima; e Adelina Borari, integrante do grupo Suraras do Tapajós. Voltado ao debate sobre desafios e soluções coletivas para o mercado da música produzida na região, o painel “Como podemos fortalecer a distribuição de música na Pan-Amazônia?" reúne os empreendedores culturais Elisa Maia, do Festival Até o Tucupi (Manaus); Zatélithe, do festival Negrofest, da Colômbia; Na Figueredo, à frente do Selo Na Music, de Belém; e Leonardo Pratagy, do Selo Caqui, também de Belém. Serviço: Motins - Encontro Pan-Amazônico de Música e Cultura Periférica 30 e 31 de janeiro e 1 de fevereiro Locais: Parque da Residência (Av. Gov Magalhães Barata, 830 - São Brás) e Bar da Residência (Tv. Três de Maio, 1525 - São Brás) Palestras, painéis, oficinas, rodadas de negócios, feira gastronômica Mediciland e Feira Criativa, mostras de artes visuais e cinema a céu aberto no Parque da Residência; e shows do Aposta Psica no BDR - Bar da Residência. Entrada gratuita, limitada à lotação do espaço. Inscrições para atividades formativas e programação completa no aqui.

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2025/01/22/com-mais-de-20-oficinas-e-palestras-gratuitas-motins-reune-artistas-e-pesquisadores-culturais-da-pan-amazonia-em-belem.ghtml


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