ANÁLISE: Cancelamento de sabatina de Messias é 1 a 0 para o Planalto
ANÁLISE: Cancelamento de sabatina de Messias é 1 a 0 para o Planalto Na queda de braço entre o governo Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União...
ANÁLISE: Cancelamento de sabatina de Messias é 1 a 0 para o Planalto Na queda de braço entre o governo Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), pela indicação de Jorge Messias ao STF, o Planalto marcou 1 a 0 com o cancelamento da sabatina nesta terça-feira (2). Mas o jogo está longe de terminar, e Alcolumbre ainda pode empatar a disputa: é ele quem detém o poder de remarcar a sessão — e pode empurrar a decisão para o ano que vem ou até depois das eleições de 2026. Segundo apuração do blog, o governo vinha adotando a estratégia de segurar o envio da mensagem ao Congresso que oficializaria a indicação, numa tentativa de ganhar tempo para articular a aprovação do nome de Messias. A sabatina, marcada para 10 de dezembro, foi cancelada nesta terça-feira. Em nota, Alcolumbre criticou a demora do Executivo: "Após a definição das datas pelo Legislativo, o Senado foi surpreendido com a ausência do envio da mensagem escrita referente à indicação, já publicada no Diário Oficial e amplamente anunciada. Essa omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes." Mesmo sob pressão do presidente do Senado, o Planalto insistia em adiar a oficialização com medo de derrota. Alcolumbre, que defende a escolha do senador Rodrigo Pacheco (PSD-RO) para a vaga, queria acelerar o processo e levar a indicação à votação apostando na rejeição do nome. A Casa Civil pretendia empurrar o envio da mensagem pelo menos até o fim de semana. Em entrevista ao Valor Econômico, o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), disse que não havia previsão para Lula formalizar a indicação, o que gerou enorme insatisfação de Alcolumbre. Ele defendia que a sabatina ocorresse mesmo sem a mensagem, enquanto o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), resistia, alegando que o regimento exige o documento. Foto de arquivo: o advogado-geral da União, Jorge Messias, faz pronunciamento à imprensa em Brasília em 01/07/2025 WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Nos bastidores, a resistência de Alcolumbre a Jorge Messias também reduz as chances de que Rodrigo Pacheco (PSD-MG) venha a ser indicado ao STF no futuro. Questionado por jornalistas se o adiamento poderia ser considerado uma vitória para o governo, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que "vitória é só no futebol". "Não, vitória é só no futebol, como foi a final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, no sábado (29)", afirmou.