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Desde que assumiu a Refit, Ricardo Magro tem atuação cercada de controvérsias, denúncias e investigações

Atuação de Ricardo Magro no mercado de combustíveis desperta suspeitas há 17 anos A atuação de Ricardo Magro no mercado de combustíveis desperta suspeita...

Desde que assumiu a Refit, Ricardo Magro tem atuação cercada de controvérsias, denúncias e investigações
Desde que assumiu a Refit, Ricardo Magro tem atuação cercada de controvérsias, denúncias e investigações (Foto: Reprodução)

Atuação de Ricardo Magro no mercado de combustíveis desperta suspeitas há 17 anos A atuação de Ricardo Magro no mercado de combustíveis desperta suspeitas há pelo menos 17 anos. Ricardo Magro mora em Miami, nos Estados Unidos, e aparece pouco diante das câmeras. Ele já atuou como advogado e teve como cliente o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Ricardo Magro já tinha sido alvo de uma investigação em 2016, por desvios nos fundos de pensão Petros, da Petrobras, e Postalis, dos Correios. Na época, chegou a ser preso, mas depois foi absolvido. Nascido em São Paulo, ele vem de uma família que era proprietária de uma rede de postos de gasolina e também atuava na distribuição de combustíveis. Em 2004, se mudou para o Rio de Janeiro, antes de dar o grande salto empresarial. Em 2008, a antiga refinaria de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, estava abandonada e à beira da falência. Ricardo Magro comprou a empresa, atualmente chamada de Refit. Na Operação Poço de Lobato, essas instalações aparecem como parte central no esquema de sonegação. Desde que assumiu o controle da refinaria, o empresário teve uma atuação cercada de controvérsias, denúncias e investigações. Em agosto, o nome da Refit apareceu na Operação Carbono Oculto, que investiga a atuação do PCC no mercado de combustíveis. A empresa não foi alvo de buscas, mas foi citada em documentos oficiais que detalham o fluxo comercial da facção criminosa. As investigações da Carbono Oculto não têm vínculo com a operação desta quinta-feira (27), focada em sonegação de impostos. Em outubro, uma fiscalização da Agência Nacional de Petróleo também encontrou irregularidades graves na Refit e interditou a refinaria. O relatório da ANP afirmou haver indícios de que esse gigantesco complexo não refinava nem uma gota de petróleo e que toda a operação poderia estar baseada na importação irregular de combustíveis já refinados. Desde então, a Refit segue parcialmente interditada. Ricardo Magro também é dono de uma refinaria no estado americano do Texas e de uma empresa de consultoria em Portugal. Mas ser suspeito de ter uma refinaria que não refina é uma situação incomum em qualquer parte do mundo. A Refit divulgou uma nota afirmando que questiona judicialmente os débitos apontados pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, e que não há qualquer tentativa de ocultar receitas ou fraudar o recolhimento de tributos. Em relação ao empresário Ricardo Magro, a assessoria não se manifestou. Atuação de Ricardo Magro no mercado de combustíveis desperta suspeitas há 17 anos Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Polícia apreende mais de R$ 2 milhões em espécie e esmeraldas durante operação contra Grupo Refit Megaoperação mira o Grupo Refit, apontado como o maior devedor de impostos de São Paulo Grupo Refit usava cerca de 50 fundos de investimento para ocultar bilhões em sonegação, aponta Receita Federal Do porto aos postos: como funcionava o esquema bilionário de sonegação com combustível da Refit