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Exército ficou aliviado com desfecho das prisões de militares, negociadas com Moraes

Pela primeira vez na história do Brasil, militares são presos por golpe Nada menos que três oficiais militares foram presos nessa terça-feira (25) e outro t...

Exército ficou aliviado com desfecho das prisões de militares, negociadas com Moraes
Exército ficou aliviado com desfecho das prisões de militares, negociadas com Moraes (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez na história do Brasil, militares são presos por golpe Nada menos que três oficiais militares foram presos nessa terça-feira (25) e outro teve sua prisão preventiva transformada em definitiva. Nada trivial para um país que já passou por ditaduras militares e que, mesmo assim, oficiais das Forças Armadas tentaram de novo uma aventura golpista. O Exército estava aliviado com o desfecho das prisões dos oficiais militares. Eles foram presos por soldados de suas Forças, no início da tarde de ontem, e as prisões só foram divulgadas depois de executadas. Augusto Heleno, Bolsonaro, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres e Almir Garnier Wilton Junior/Estadão Conteúdo; Mateus Bonomi/Reuters; André Dusek/Estadão Conteúdo; Wilton Junior/Estadão Conteúdo; Wilton Junior/Estadão Conteúdo; Ton Molina/STF A sensação nas Forças Armadas era de alívio por dois motivos: Bolsonaro não foi levado para nenhuma dependência do Exército. A Força não queria receber o ex-presidente porque isso iria acabar gerando um ambiente de tensão no local da prisão. Esse desejo do Exército foi transmitido ao ministro Alexandre de Moraes, que negociou tudo com o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o comandante do Exército, Tomás Paiva. O segundo motivo é que os oficiais militares foram presos por escoltas de suas Forças. Em Brasília, três oficiais militares foram presos: os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Almir Garnier. O quarto oficial, Braga Netto, permaneceu onde estava, numa dependência do Exército no Rio. José Mucio fez questão de dizer que estavam sendo presos militares por seus CPFs, por suas responsabilidades pessoais, e que a prisão fecha um ciclo difícil para as Forças Armadas. “Já esperávamos, todos nós. Está se encerrando um ciclo. Onde os CPFs estão sendo responsabilizados e punidos e, para felicidade do país, as instituições estão todas preservadas. Foi doloroso o processo, mas é o ciclo da vida. Estamos agora administrando o fim do processo. Eles atravessaram isso com um grau de responsabilidade enorme. Não vimos notas de indignação nem pessoal, nem das instituições. Só tenho que agradecer, estou feliz pelo ciclo que está se encerrando, acho que a gente precisa encerrar essa fase”, afirmou José Mucio.