'Foi assustador', diz indigenista de RO que presenciou incêndio na COP30; veja VÍDEO
Indigenista de RO registra momento em que incêndio atinge estrutura na COP30 A indigenista Neidinha Suruí presenciou o início do incêndio que atingiu o Pavi...
Indigenista de RO registra momento em que incêndio atinge estrutura na COP30 A indigenista Neidinha Suruí presenciou o início do incêndio que atingiu o Pavilhão dos Países, uma das áreas da Zona Azul da COP30, em Belém (PA), nesta quinta-feira (20). O momento foi registrado em vídeo e divulgado nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o fogo se espalhando rapidamente enquanto participantes correm para deixar o local. O Corpo de Bombeiros aparece tentando controlar as chamas com extintores. Neidinha conta que, no momento em que o incêndio começou, ela seguia para encontrar a filha, a ativista indígena Txai Suruí, que participava de uma mesa no pavilhão brasileiro. Mas, ao se aproximar, percebeu a movimentação de pânico. "Começou a pegar fogo, e os policiais começaram a apitar, usar o apito e a gritar e atirar as pessoas e vir correndo com o extintor para apagar e os outros tirando. Foi um desespero geral porque as pessoas saíram correndo. Foi bem assustador porque eu não sabia o que ia acontecer", relatou. Apesar do susto, Neidinha e a filha conseguiram deixar a área com segurança. Todas as pessoas que estavam na Zona Azul receberam orientação da equipe de segurança para evacuar o espaço. O incêndio também impactou a programação da conferência. Neidinha conta que faria o lançamento de uma campanha sobre mudanças climáticas nesta quinta (20), mas a atividade foi suspensa após o incidente. "A gente está esperando para ver o que aqui vai acontecer, porque eu tenho um outro evento que é um pouco mais tarde e eu estou aguardando como é que vai ser, porque agora eu estou sem informação nenhuma", informou. Incêndio na COP30 Vídeo mostra o momento exato em que fogo começou na Zona Azul da COP 30, em Belém Um incêndio foi registrado nesta quinta-feira (20) no Pavilhão do Países, uma das áreas da Zona Azul da COP30, em Belém (PA). No VÍDEO acima, veja o momento em que o fogo começou. Os primeiros relatos do problema aconteceram pouco depois das 14h e a organização informou que o fogo foi controlado em cerca de seis minutos. Segundo a organização, 13 pessoas foram atendidas por inalar fumaça, mas não houve feridos graves. Todas as pessoas que estavam na Zona Azul receberam ordem da segurança para deixar o espaço. A medida significa a paralisação dos trabalhos da COP30. A UNFCCC, entidade da Organização das Nações Unidas responsável pelo evento, informou que os bombeiros realizavam uma checagem de segurança e que não havia previsão de reabertura da Zona Azul antes das 20h. A Zona Azul, também chamada de Blue Zone, é o principal espaço da Conferência do Clima. Ela é a área onde estão as salas onde se reúnem os negociadores e ministros. Também é o espaço onde países montam seus stands para divulgar projetos e iniciativas. Foi nesta região que o fogo foi registrado (veja o mapa abaixo). Veja local do incêndio na COP30 Arte/g1 O governador do Pará, Helder Barbalho, informou para a jornalista Andréia Sadi que as equipes trabalham com duas hipóteses iniciais para o incidente na COP30: falha em um gerador ou um curto-circuito em um stand. Críticas da ONU à estrutura em Belém Há uma semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) cobrou ao governo brasileiro uma reação rápida para solucionar falhas de segurança e problemas estruturais. A demanda foi feita em uma carta enviada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) a Rui Costa, ministro da Casa Civil (que coordena as atividades relacionadas à cúpula), e a André Corrêa do Lago, presidente da conferência. No documento, o secretário-executivo Simon Stiell relata que a tentativa de invasão ocorrida na noite de terça-feira, quando um grupo estimado em 150 ativistas entrou no pavilhão, deixou feridos, causou danos e expôs "brechas graves" no controle do evento. O texto descreve ainda uma série de vulnerabilidades, entre elas estavam: portas sem monitoramento, contingente de segurança abaixo do necessário e ausência de garantias de resposta rápida das forças federais e estaduais. A ONU também chamou atenção para problemas de infraestrutura: calor excessivo em pavilhões, falhas de climatização, infiltrações provocadas pelas chuvas e riscos associados a água próxima de instalações elétricas. O que é o Pavilhão dos Países? O pavilhão dos países é a área da COP30 dedicada às exposições oficiais das delegações nacionais e de organizações internacionais. Localizado na entrada da Blue Zone, o espaço reúne estandes onde são realizados debates, mesas temáticas e apresentações de projetos ligados à agenda climática. Ali não atuam os negociadores formais dos países, mas sim observadores, representantes técnicos e instituições parceiras. Além dos governos, também estão presentes organizações como a ONU e a OTCA. Esses pavilhões funcionam como vitrines para que cada país apresente suas estratégias, soluções e iniciativas, servindo de palco para painéis, encontros bilaterais e atividades paralelas relacionadas às negociações climáticas. Indigenista de RO registra momento em que incêndio atinge estrutura na COP30 Reprodução/acervo pessoal