Fundador do MBL propõe anexação do Tocantins a Goiás: 'Não consegue manter um governador'
Renan Santos é um dos fundadores do MBL Reprodução/Instagram Renan Santos O fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, sugeriu durante participa...
Renan Santos é um dos fundadores do MBL Reprodução/Instagram Renan Santos O fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, sugeriu durante participação no podcast do próprio movimento, a anexação do estado do Tocantins a Goiás. O conteúdo foi divulgado nas redes sociais e gerou repercussão. Na fala, Renan mencionou o histórico político do estado, destacando que, desde 2003 — no governo de Marcelo Miranda (MDB) — o Tocantins não teve governadores cocluindo integralmente seus mandatos. Em contato com o g1, o dirigente político reafirmou a declaração e disse que o estado é maravilhoso e cresceu com a agricultura, mas as duas federações deveriam ser a mesma coisa (leia posicionamento na íntegra abaixo). 📱 Clique aqui para seguir o canal do g1 TO no WhatsApp Ao longo dos anos, seis mandatos de governadores no Tocantins foram interrompidos, sendo cinco deles alvos de investigações ou ações judiciais. O caso mais recente envolve o governador Wandelrei Barbosa (Republicanos), que chegou a ser afastado. Porém, houve uma reviravolta, e ele voltou ao poder. Wanderlei Barbosa foi afastado por 180 dias, por suspeita de desvio de recursos públicos em contratos para compra de cestas básicas na pandemia de Covid-19. Porém com três meses afastado, uma liminar do ministro Nunes Marques, do Superior Tribunal de Federal (STF) recolocou no cargo. Posteriormente, a decisão foi referendada pela 2ª do do STF. Veja os vídeos que estão em alta no g1 No conteúdo compartilhado, o dirigente político afirmou que o Tocantins não consegue manter um governador no cargo e que seria frequente a mudança “por corrupção”. Ele prossegue afirmando que foi gerado um estado de maneira artificial, com “uma elite política completamente parasita”. “Essa elite política rouba, rouba, rouba, rouba, rouba, rouba, rouba, não consegue permanecer no poder e a gente paga. Aí tem que ter três senadores por lá, oito deputados federais. Cara, não vale a pena. Tocantins, volta pra Goiás, deixa Goiás administrar. Vai ser melhor para Tocantins, vai ser melhor para Goiás e vai ser melhor para o Brasil", afirmou no podcast. As declarações foram compartilhadas por páginas nas redes sociais e provocaram reações contrárias de internautas (leia abaixo). O g1 pediu posicionamento do MBL e do governo do Tocantins sobre a fala, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem. LEIA TAMBÉM Por unanimidade, Segunda Turma do STF confirma retorno de Wanderlei Barbosa ao cargo de governador do Tocantins Wanderlei Barbosa retorna ao cargo de governador do TO após três meses afastado por suspeita de desviar dinheiro de cestas básicas Wanderlei Barbosa herdou cargo de governador do TO após renúncia, foi deputado e está afastado por suspeita de corrupção; relembre trajetória Governador do Tocantins e primeira-dama são afastados pelo STJ durante investigação sobre compra de cestas básicas Comentário de fundador do MBL repercutiu na web Reprodução Tocantins em Foco Linha do tempo dos governadores do Tocantins desde 2003 Marcelo Miranda - 1ª cassação Eleito para o primeiro mandato como governador do Tocantins em 2002, o político conseguiu concluir os quatro anos no cargo e comandou o estado entre os anos de 2003, quando recebeu a faixa do antecessor José Wilson Siqueira Campos, até 2006. Marcelo foi reeleito e se manteve no cargo a partir de 2007. Entretanto, o então governador foi cassado em 2009, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou irregularidades justamente na campanha política de 2006. Além de deixar o cargo, Marcelo Miranda também ficou inelegível por oito anos. Siqueira Campos passou a faixa para Marcelo Miranda Reprodução/TV Anhanguera Carlos Gaguim Como o vice de Marcelo, Paulo Sidnei, também foi cassado, quem assumiu a cadeira no Palácio Araguaia foi Carlos Gaguim, que era deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa. Ele venceu uma eleição indireta e ficou no cargo até o fim de 2010, mas não conseguiu se reeleger e foi sucedido por Siqueira Campos. Siqueira Campos Após voltar ao comando do Poder Executivo, Siqueira Campos (PSDB) também não seguiu no cargo. Mas diferente dos antecessores, ele e o vice, João Oliveira (DEM), renunciaram. O objetivo era viabilizar uma manobra para garantir a candidatura do filho do governador, Eduardo Siqueira Campos . A renúncia foi publicada no Diário Oficial de 4 de abril de 2014. Com a renúncia dos políticos, mais uma vez um presidente da Assembleia se tornou governador. Dessa vez, quem assumiu foi o deputado estadual Sandoval Cardoso (SD). Sandoval Cardoso Sandoval ficou no cargo por meio de eleição indireta, eleito pelos deputados no dia 4 de maio de 2014. Teve a passagem mais rápida pelo Palácio e também foi o primeiro dos governadores a ser preso. Em 2016, ele passou 16 dias detido na Casa de Prisão Provisória de Palmas acusado de fraudes em licitações relacionadas a contratos de terraplanagem e pavimentação asfáltica. Sandoval responde em liberdade ao processo que ainda corre na justiça. Atualmente está afastado da vida pública e sempre negou todas as acusações. Marcelo Miranda - 2ª cassação Após a saída de Sandoval, Marcelo Miranda conseguiu voltar ao poder, cinco anos após a primeira cassação. Ele foi eleito pela população tocantinense nas eleições de 2014 junto com a vice, Cláudia Lélis. Mas em 2018, a Polícia Civil apreendeu um avião com R$ 500 mil em dinheiro e santinhos da chapa Miranda-Lélis em Piracanjuba (GO). O caso levou à nova cassação dele, em 2018. Ele é o único governador brasileiro a ser cassado duas vezes no mesmo cargo, até o momento. Em setembro de 2019, Marcelo foi preso na operação 12º Trabalho, da Polícia Federal, que investigou o suposto desvio de R$ 300 milhões do governo estadual. O governador passou 147 dias na cadeia, e só foi liberado em fevereiro de 2020. Como a vice-governadora Cláudia Lélis também foi cassada, pela terceira vez um deputado estadual, no cargo de presidente da Assembleia, foi para o Palácio Araguaia. Mauro Carlesse Após a segunda cassação de Marcelo Miranda, quem assumiu o mandato interinamente foi Mauro Carlesse (Agir). Ele era um deputado em primeiro mandato que tinha sido eleito presidente da Assembleia. Em 2018, Carlesse venceu duas eleições - uma suplementar, em junho daquele ano, e outra geral, em outubro. Entretanto, durante seu governo, se envolveu em polêmicas e investigações que também o levaram a não finalizar o mandato eletivo. Na época, ele enfrentou sucessivas operações policiais no âmbito estadual e federal. Ele foi acusado de corrupção e suspeito de interferir politicamente na Polícia Civil, e acabou afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com o afastamento era temporário, em 2021, sem apoio político e enfrentando um processo de impeachment, Carlesse renunciou em 2022. Por causa dos processos judiciais, Carlesse foi preso em dezembro de 2024 e só foi solto no mês de fevereiro deste ano. Ele foi acusado de planejar uma fuga para o exterior por causa das investigações de que é alvo. Atualmente, ele responde em liberdade com medidas cautelares. Mauro Carlesse sempre negou as acusações e disse que não estava planejando deixar o país, afirmando que "sempre esteve à disposição da Justiça e assim permanecerá". Wanderlei Barbosa O governador Wandelrei Barbosa (Republicanos) foi afastado em setembro por 180 dias, durante a segunda fase da “Operação Fames-19”. A primeira-dama, Karynne Sotero Campos, que é secretária extraordinária de Participações Sociais, também foi afastada. As medidas foram determinadas pelo ministro Mauro Campbell. O chefe do executivo ficou afastado três meses e retornou ao cargo neste mês de dezembro após uma liminar do ministro Nunes Marques, do Superior Tribunal de Federal (STF). Posteriormente, a volta foi referendada pela 2ª do do STF. No período de afastamento, o vice-govenador Laurez Moreira (PSD) a assumiu o cargo e fez diversas mudanças, inluíndo a troca de todo o 1º escalão. Wanderlei nega as acusações e, após retornar ao cargo, afirmou que seguirá executando seu trabalho com estabilidade e seriedade, confiando no trabalho institucionalo e esclarecimento dos fatos com rigor. Íntegra do posicionamento de Renan Santos Tocantins é um estado maravilhoso que cresceu demais por conta da agricultura, que faz parte de um complexo cultural ligado ao Centro-Oeste brasileiro. E assim deveria ser, Tocantins e Goiás deveriam ser a mesma coisa, e a classe política parasitária e absolutamente corrupta que governa Tocantins deveria sim deixar de existir ou ser mitigada. Não existe nenhuma função social, nem para o Tocantins, nem para o resto do Brasil, a existência dessa classe política tão corrupta e tão incompetente. Noto que quase ninguém dura no governo do estado. Obrigado, um abraço. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.