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'Peçam saúde porque ainda tenho muita coisa pra fazer pra vocês'; Dona Onete transforma trajetória pessoal em show inédito no Festival Psica 2025

Dona Onete levou ao palco um show que percorre memórias pessoais, referências espirituais e canções que marcaram sua carreira. @oliverninja / @midianinja D...

'Peçam saúde porque ainda tenho muita coisa pra fazer pra vocês'; Dona Onete transforma trajetória pessoal em show inédito no Festival Psica 2025
'Peçam saúde porque ainda tenho muita coisa pra fazer pra vocês'; Dona Onete transforma trajetória pessoal em show inédito no Festival Psica 2025 (Foto: Reprodução)

Dona Onete levou ao palco um show que percorre memórias pessoais, referências espirituais e canções que marcaram sua carreira. @oliverninja / @midianinja Dona Onete apresentou o espetáculo inédito “Quatro Contas” no último dia do Festival Psica 2025, no estádio Mangueirão, em Belém, no domingo (14). Homenageada desta edição, a cantora e compositora paraense, de 86 anos, levou ao palco um show que percorre memórias pessoais, referências espirituais, músicas inéditas e hits que marcaram sua carreira. A apresentação reuniu mais de 20 artistas, entre músicos, brincantes da cultura popular e integrantes do Tambor de Mina, religião afro-brasileira maranhense que se enraizou na Amazônia, e combina elementos africanos, caboclos, indígenas e católicos. Entre contas caboclas e a devoção à Nossa Senhora de Nazaré, Dona Onete traz em sua formação o sincretismo Matt Souza/Psica No repertório, Dona Onete apresentou sucessos como “Banzeiro” e “No meio do Pitiú”, além de músicas que dialogam com a religiosidade e as encantarias amazônicas. Aos 86 anos, Dona Onete transforma trajetória pessoal em show inédito no Festival Psica 📲 Siga o canal do g1 Pará no WhatsApp O público acompanhou o espetáculo entre momentos de dança, coro coletivo e emoção, em uma celebração que atravessou diferentes gerações. Done Onete e sua banda em oração momentos antes do show: espiritualidade sincrética que marca a fé na Amazôinia Matt Souza/Psica O show também trouxe mensagens de cunho social. Durante a apresentação, foram exibidos no telão contatos para denúncia de violência contra a mulher, tema abordado pela artista ao longo da carreira. O encerramento ocorreu em clima festivo, com a participação dos brincantes do Cordão de Cametá, transformando o palco em uma celebração popular marcada por referências ribeirinhas. O público acompanhou o espetáculo entre momentos de dança, coro coletivo e emoção, em uma celebração que atravessou diferentes gerações. @oliverninja / @midianinja “É o show dos meus sonhos. Peçam saúde para a Dona Onete aqui porque ainda tenho muita coisa pra fazer pra vocês”, afirmou a artista após a apresentação. “Quatro Contas” integrou a programação da maior edição do Festival Psica, que reuniu cerca de 110 mil pessoas entre os dias 12 e 14 de dezembro, segundo a organização. Neste ano, o evento também foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Belém, pela Câmara Municipal. As origens de “Quatro Contas” O espetáculo é inspirado na trajetória pessoal e espiritual de Dona Onete e faz referência às quatro caboclas encantadas que, segundo a cantora, a acompanham desde a infância: Mariana, Jarina, Erundina e Jurema. A concepção do show partiu das memórias da artista no bairro da Pedreira, em Belém. Foi nesse ambiente que Dona Onete teve os primeiros contatos com batuques e manifestações de religiões afro-brasileiras, experiências que influenciaram sua visão de mundo e sua formação artística. O espetáculo foi organizado em blocos que apresentam essa relação com as encantarias, combinando música, narrativa e elementos cênicos. @oliverninja / @midianinja O espetáculo foi organizado em blocos que apresentam essa relação com as encantarias, combinando música, narrativa e elementos cênicos. Além da canção “Quatro Contas”, já lançada, o show apresentou músicas inéditas, como “Cobra Grande do Jatuíra” e “Festa no Reino da Encantaria". Pensado como um ritual cênico e sensorial, o espetáculo reuniu música, memória e referências culturais que marcam a trajetória de uma das principais vozes da cultura amazônica, levando o público ao agito e emoção. “Fico muito feliz em saber que foi bem aceito. Talvez hoje alguns estranhem, mas depois eles vão refletir. Dona Onete vem pra isso mesmo, pra mostrar a nossa cultura, seja ela qual for", disse. VÍDEOS com as principais notícias do Pará Acesse outras notícias do estado no g1 Pará.