Polícia investiga morte de mulher e as duas filhas após casa ser incendiada em Santa Cruz
Mulher e filhas morrem em incêndio em casa em Santa Cruz A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher e duas crianças após a casa onde moravam ser incend...
Mulher e filhas morrem em incêndio em casa em Santa Cruz A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher e duas crianças após a casa onde moravam ser incendiada em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na madrugada desta sexta-feira (12). O namorado da vítima conseguiu escapar com ferimentos leves. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Regiane Kelly Teixeira, de 40 anos, estava em casa com as filhas, Myllena Teixeira dos Santos, de 7 anos, e Isabela Teixeira Guimarães, de 4, quando o incêndio começou. Wallace Guimarães, pai de Isabela, contou que estava trabalhando em Itatiaia quando recebeu a notícia. “Estava em Itatiaia, no trabalho, quando minha enteada mais velha me ligou três e pouca da manhã, falando que a casa da mãe dela estava pegando fogo. Quando eu cheguei aqui, as três dentro de um quarto mortas. Só quero que faça justiça, só isso que eu peço”, disse. A principal linha de investigação aponta para um ataque de traficantes do Comando Vermelho contra Fábio Bezerra, de 34 anos, namorado de Regiane. Os agentes encontraram na casa uma carta com ameaças contra ele. Fábio foi levado para o Hospital Dom Pedro II e depois à Delegacia de Homicídios da Capital (DH) para prestar depoimentos. Em seguida, ele foi liberado. Vizinhos falam em feminicídio A polícia não descarta nenhuma das linhas de investigação. Entre elas está a possibilidade de feminicídio, apontada por vizinhos das vítimas. “Esse negócio de feminicídio é um negócio muito complexo. Homem que não aceita terminar a relação. Quem acaba pagando é a família inteira. Foi uma família que foi destruída na manhã desse dia”, lamentou Wiliam Guimarães dos Santos, tio de Isabela. Myllena Teixeira dos Santos, de 7 anos, e Isabela Teixeira Guimarães, de 4, morreram no incêndio. Arquivo pessoal Vizinhos também ficaram abalados com a tragédia. Lúcia de Oliveira Aquino lembra do último encontro com as meninas. “Ontem passei aqui à tarde, elas estavam com fogãozinho, panelinha, brincando de comidinha. Aí ela falou: ‘tia, quer comer minha comidinha?’ Aí sentei com elas ali, ela botou três acerolas, botou no prato e me deu. E aí eu falei: 'vou voltar pra comer de novo, hein?' Ela: ‘então tá bom’. Me deu um abraço, me beijou”, contou emocionada. “Vai fazer muita falta. Eu tô com coração partido”, completou Lúcia.