cover
Tocando Agora:

Uber aluga apartamento em Belém para embaixador durante a COP30 e ganha R$ 54 mil: 'Vai fazer diferença'

Direto de Belém: motorista de aplicativo aluga apartamento para embaixador da Irlanda Enquanto a cidade se prepara para receber a COP30, em 2025, o motorista d...

Uber aluga apartamento em Belém para embaixador durante a COP30 e ganha R$ 54 mil: 'Vai fazer diferença'
Uber aluga apartamento em Belém para embaixador durante a COP30 e ganha R$ 54 mil: 'Vai fazer diferença' (Foto: Reprodução)

Direto de Belém: motorista de aplicativo aluga apartamento para embaixador da Irlanda Enquanto a cidade se prepara para receber a COP30, em 2025, o motorista de aplicativo Alberto Souza viu o evento internacional transformar sua rotina — e seu orçamento. Morador de Belém, ele conta que topou alugar o próprio apartamento para hospedar ninguém menos que o embaixador da Irlanda. “Há 2 meses uma entrou em contato. Eles tinham interesse em fazer uma vistoria nos apartamentos para ver se eles tinham condições de de hospedar uma embaixada. Na semana seguinte disseram que era embaixada irlandesa”, contou Alberto. Segundo ele, a proposta previa uma diária de R$ 3 mil por 15 dias. "Só que no meu caso e do meu vizinho, eles gostaram tanto do nosso apartamento que eles quiseram aumentar o tempo. Deu 54.000 para cada um de nós”, afirmou. O condomínio fica no bairro do Tapanã, em Belém. “É um bairro tranquilo. O que pode ser dificultoso para a embaixada é sair de lá nos horários de pico. É que é um pouco mais distante do lugar onde vai ser a conferência, né?”, explicou. O motorista conta que recebeu a informação de que o embaixador e a comitiva terão carros oficiais e batedores da Polícia Rodoviária Federal para facilitar o trajeto até os eventos da COP. Localização do bairro Tapanã em Belém Arte/g1 Com a casa alugada, Alberto, a esposa e o filho se mudaram temporariamente. “Estamos revezando entre a casa da minha mãe e a da minha sogra, em Mosqueiro”, afirma. Entre as exigências do contrato, o paraense conta que a embaixada pediu lençóis e fronhas 100% algodão — “porque um deles já teve alergia ao poliéster” —, além de água mineral, ferro e tábua de passar, secador de cabelo e papel higiênico de boa qualidade. “Infelizmente tever morador que não tinha essa noção. Um dos representantes da imobiliária postou uma foto e colocou no grupo para não deixarem aquele tipo de papel lá, que era de baixa qualidade”, comenta o motorista. Alberto trabalha como motorista de aplicativo e é formado como técnico em radiologia. Ele afirma que o valor recebido representa muito em sua renda e que boa parte desse dinheiro vai ser usado para pagar algumas dívidas. “Para quem acha que é um valor irrisório, que não ia fazer diferença alguma, na verdade é bem diferente. Para o paraense, principalmente, em especial, o momento que a gente vive hoje é um momento delicado financeiramente, então, vai fazer diferença sim esse dinheiro, né?”, resume Souza. O motorista de aplicativo Alberto Souza Paula Paiva Paulo/G1